‘Dedo podre’ para homens tem cura
Simone Cunha
Se apaixonar sempre pela pessoa errada pode ser um alerta indicando que sua autoimagem precisa de uma revisão urgente. Saiba por que isso ocorre e como superar o problema
Se toda vez que você se apaixona a sua razão emite um sinal de alerta e, paralelamente, seus amigos te acusam de ter o ‘dedo podre’, cuidado: enquanto você justifica a escolha por parceiros errados como falta de sorte, perdendo tempo com relacionamentos que não dão em nada, deixa de tratar a verdadeira causa do problema, sua autoimagem.
“A imagem que a pessoa tem de si mesma irá determinar a referência que ela utilizará na escolha de um parceiro. E isso é construído desde a infância, no relacionamento com os pais e com pessoas importantes para ela”, explica a psicoterapeuta Heloisa Fleury, supervisora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria da FMUSP (ProSex).
Portanto, quem acaba ‘aceitando a carapuça’, em geral, teve experiências de muita crítica e desvalorização enquanto ainda era uma criança.
“É uma pessoa que desenvolveu um modelo interno de relações no qual ela acredita ser pouco valorizada e que, para ser querida ou aceita por alguém que valoriza – como um parceiro amoroso – ela precisa agradar e atender a todos desejos do outro”, exemplifica a psicóloga.
Esse tipo de personalidade, em geral, acaba desenvolvendo uma tendência de escolher parceiros que precisam ser cuidados, em especial, aqueles com desenvolvimento emocional comprometido, com dificuldade para perceber/ver o outro, sem conseguir manter um relacionamento no qual há troca em pé de igualdade.
A terapeuta comportamental Ramy Arany reforça que família, escola, amigos, ambiente profissional, entre outros, são agentes formadores de nossas crenças e valores.
“Construímos nossa autoimagem e autoestima a partir de tais influências. E daí podem surgir ideias equivocadas como ‘não mereço ser feliz’, ‘comigo não dá nada certo’, ‘não sou capaz’, ‘não mereço ser amada’. Aquilo que acreditamos, muitas vezes, age contra nós. São ideias invertidas sobre nós mesmos que formam uma força antagônica”, alerta a especialista.
Para Ramy, reconhecer tais valores é o primeiro passo para tentar reverter o problema.
“A única forma de tratar um padrão mental que sempre atrai pessoas erradas é reconhecendo, aceitando e transformando isso de forma interna”, avalia a terapeuta. No entanto, Heloísa alerta que, em geral, tudo isso acontece de forma inconsciente, e a pessoa tende a arrumar justificativas para não admitir a repetição deste padrão.
Perfil típico
Na prática, as pessoas que suscitam o apelido de ‘dedo podre’ são inseguras e com a autoimagem e a autoestima baixas. ;Elas normalmente não acreditam que têm potencial, capacidade e força interna, ;e não se valorizam.
“Além disso, são indivíduos que alimentam a crença de que podem mudar o outro, de que o relacionamento vai ser forte o suficiente para transformar todas as dificuldades. Outro erro comum é achar que com o tempo as coisas vão mudar, aceitando qualquer coisa em nome do amor”, relata Ramy.
Em geral, este tipo de pessoa é muito frágil emocionalmente, concentrando uma força negativa nos relacionamentos afetivos.
“São indivíduos que não conseguiram desenvolver a sensação de pertencimento e de valor. Como eles aceitam de forma natural o fato de não serem considerados, acabam escolhendo parceiros que confirmam essa sensação”, completa Heloísa.
Apesar disso, muitas vezes, estar enraizado no inconsciente, a boa notícia é de que ‘dedo podre’ tem tratamento. É possível mudar este padrão desde que a pessoa esteja disposta a uma transformação. Não é uma mudança imediata, ela vai acontecendo gradualmente, até o momento em que é possível avaliar se o candidato é alguém realmente interessante ou uma roubada.
“Neste caso, se não valer a pena, a pessoa terá determinação para dizer ‘não quero isso para mim’. Sem receio de solidão, mantendo a consciência de ficar sozinha em favor de si e alimentando a certeza de que poderá encontrar alguém compatível com sua busca”, diz Ramy.
Tem cura sim
Segundo Heloísa, mudanças só acontecem quando conseguimos admitir o problema. “Isso é necessário para conseguir se fortalecer – investindo na autoimagem – para ir em busca de um relacionamento que acrescente”, avalia.
É claro que não existe uma receita pronta, afinal é preciso mudar internamente e apostar em outra forma de comportamento. Isso pode levar tempo, mas é possível alterar esse padrão. ;Veja a seguir os passos essenciais para encarar o processo de cura de ‘dedo podre’:
1. Busque ajuda terapêutica
2. Pratique o autoconhecimento
3. Desenvolva mais sua força interna
4. Reconheça a si mesmo
5. Saiba muito bem o que quer para si
6. Seja focado e sustente sua escolha
7. Não aceite qualquer coisa ou qualquer pessoa, só para não ficar sozinho
8. Acredite que você nasceu para amar e ser amado
9. Acredite que irá encontrar uma pessoa que é compatível com seus valores
10. Não tenha medo de ser feliz
Veja a seguir 50 sugestões de filmes que ajudam a levantar a autoestima:
Ao longo de 12 anos, ‘Boyhood’ mostra Mason (de roxo) de sua infância ao fim da adolescência. Revelando os erros e acertos inevitáveis ao longo do caminho do crescimento
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Sucesso estrondoso de 2014, a animação ‘Frozen – Uma Aventura Congelante’ mostra como conseguimos encontrar força dentro nós para vencer os desafios, ao apresentar a história das jovens Anna e Elsa
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O amor e a felicidade podem aparecer em nossas vidas mesmo nos momentos de maior adversidade. ‘A Culpa É das Estrelas’ nos lembra disso com a história dos protagonistas
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Todos nós temos um lado sombrio que algumas vezes toma conta da gente. O filme ‘Malévola’ mostra como o amor nos ajuda a não deixar esse sentimento nos dominar
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Independente dos altos e baixos no amor, é bom ter um amigo para estar com a gente nos momentos felizes ou não, como mostra ‘Os Homens São de Marte e É Pra Lá que Eu Vou’
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Em “Gravidade”, Sandra Bullock é uma astronauta que conta apenas consigo mesma. Ela ensina a usar todos os seus próprios recursos e confiar na perseverança
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“O Impossível” mostra a força do amor e da vontade ao retratar uma família que busca se reencontrar após ser separada no tsunami de 2004
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“Gonzaga De Pai Para Filho” acompanha os conflitos e a superação de Gonzagão e Gonzaguinha, ambos grandes artistas da MPB
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“O Exótico Hotel Marigold” retrata duas lutas inspiradoras em dois momentos de vida: um jovem que está tentando levantar um hotel e um grupo de terceira idade que se hospeda nele
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Os protagonistas de “Moonrise Kingdom” são adolescentes descobrindo o amor e dispostos a enfrentar pais, professores e autoridades para viver juntos
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Em “As Sessões”, homem doente contrata uma terapeuta sexual para perder a virgindade. Apesar das limitações, desenvolve uma relação inesquecível com ela
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A comédia O Fabuloso Destino de Amélie Poulain se apoia em pequenos gestos cotidianos que podem tornar a própria vida, e a dos outros, melhor
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Em uma história de superação e confiança em si próprio, o oscarizado Quem Quer Ser um Milionário mostra a vitória do desacreditado Jamal em um programa de TV – e na vida
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A animação Valente apresenta uma princesa diferente, Merida, que defende com convicção o que acha correto e luta para fazer valer a sua vontade
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A relação entre um guarda e um prisioneiro, em À Espera de um Milagre, faz refletir sobre questões como compaixão, solidariedade e redenção
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O fantástico “As Aventuras de Pi” descreve uma trajetória de superação das adversidades externas e de si mesmo na história de um menino que naufraga com um tigre
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Em “O Lado Bom da Vida”, que deu o Oscar de atriz a Jennifer Lawrence, dois desajustados tentam reconstruir as próprias vidas depois de perder os parceiros
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Em “O Diabo Veste Prada”, Anne Hathaway enfrenta uma chefe terrível e aprende a discernir entre “eu não gosto de você” e “eu não gosto do que você fez”, explica Carlos
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“Pequena Miss Sunshine” mostra, de forma leve e bem-humorada, as dificuldades e delícias de conviver com as próprias imperfeições e com as daqueles que nos cercam
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Em “O Homem que Mudou o Jogo”, Brad Pitt vive um empresário do baseball que decide acreditar em si mesmo até as últimas consequências
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Em “Ninguém é Perfeito”, um travesti e um tipo retrógrado precisam aprender a conviver. O filme é uma lição sobre tolerância e humanidades
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Em “Click”, Adam Sandler tem um controle remoto sobrenatural que permite manipular o tempo. Mas aprende que nem sempre vale a pena pular momentos ruins
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Em “Uma Mente Brilhante”, um gênio da matemática supera uma doença desestabilizadora e ingressa no hall dos grandes pensadores modernos
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Em “Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento”, Julia Roberts descobre suas próprias capacidades ao ajudar os outros e mostra como uma ação pode ser transformadora
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Baseado em fatos reais, “Um Sonho Possível” mostra família que acolhe menino. É uma história sobre fazer o bem e ser bem sucedido fazendo o bem
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“Histórias Cruzadas” aborda questões raciais em meio às vidas das mulheres do sul dos EUA nos anos 60, mostrando que fazer o que é certo tem um preço – e uma recompensa
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“Em seu Lugar” mostra irmãs em conflito. Em uma viagem, elas se aproximam e fazem as pazes consigo mesmas e uma com a outra
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Oscarizado, “O Discurso do Rei” tem o monarca britânico pedindo ajuda para superar a gagueira e cumprir seu papel. Se até o rei pediu ajuda, por que não você?
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Em “Julie & Julia”, as histórias de uma chef e uma fã da boa comida se cruzam. “Ambas creem nas suas capacidades e assim fortalecem a autoestima”, diz o psicólogo Odair Comin, autor de “Mestre das Emoções”
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Em “Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo”, a experiência do apocalipse em um cenário de pessimismo é completamente modificada pelo nascimento da paixão
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Em “Simplesmente Feliz”, uma professora de escola primária incomoda os vizinhos e conhecidos pelo simples fato de estar sempre feliz
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Em “Rocky Balboa”, a cena em que o boxeador conta ao filho como encara a vida é uma perfeita lição de autoestima, lembra Débora Gibertoni, especialista em neurolinguística
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“O Palhaço”, estrelado e dirigido por Selton Mello, discute a questão da busca pela identidade própria e pela autoestima
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“Impossível não se sentir esperançoso com o desfecho deliciosamente romântico de ‘O Diário de Bridget Jones'”, diz Reinaldo Glioche, autor do “Claquete Cultural”
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“Alguém Tem que Ceder” é uma comédia sobre a superação de receios que nos impedem de nos relacionar verdadeiramente com as pessoas
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“‘3 Idiotas’ fala da importância da paixão, da perseverança e da autoestima para chegar à realização”, diz Janaína Manfredini
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Em “Poder Além da Vida”, ginasta sofre acidente e conhece um homem que o ensina a apreciar “o aqui, o agora, o momento”, diz Janaína Manfredini, coach executiva
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“Sociedade dos Poetas Mortos” tem Robin Williams como um professor que liberta alunos de famílias conservadoras usando o lema “carpe diem” (aproveite o dia)
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“Meu Pé Esquerdo” mostra o caso de um homem que faz arte e só se comunica pelo pé esquerdo. “Poderoso, o filme faz com que nos sintamos afortunados”, diz Glioche
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Woody Allen fez de “Meia-noite em Paris” um dos filmes mais otimistas de sua carreira, além de discutir de maneira fantasiosa o valor efetivo da nostalgia
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Em “Nove Meses”, Hugh Grant e Juliane Moore são pais de primeira viagem. “É fofo, engraçado e alto astral!”, garante Reinaldo Glioche
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Em “Uma Mulher Descasada”, a cruzada da personagem que precisa se reerguer após ser abandonada pelo marido é tão real e forte quanto a autoestima que ela reconquista
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Em “A Felicidade não se Compra”, homem que sempre praticou o bem pensa em se suicidar na noite de Natal. Um anjo então surge para lhe mostrar o quanto ele é importante
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Em “Dança Comigo?”, Richard Gere vai aprender a dançar com a intenção de trair a esposa. Mas ele acaba se renovando como homem e como marido
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Em “O Poder de um Jovem”, mesmo diante de situações extremamente adversas, Peekay não desiste. O olhar do outro faz com que ele perceba a si mesmo
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Em “Por que eu me Casei?”, quatro casais viajam para renovar os votos e acabam descobrindo o que falta no relacionamento, recuperando a autoestima
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Em “Escritores da Liberdade”, um grupo de adolescentes pobres e rebeldes aprende o valor da tolerância e recupera suas vidas graças à influência de uma professora
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“A Casa do Lago” mostra uma mulher que se corresponde com alguém do passado e, diante do desafio, não hesita em reescrever o próprio destino
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Em “28 Dias”, Sandra Bullock enfrenta o alcoolismo e mostra a importância não só de aceitar suas dificuldades, mas da determinação para superá-las
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“Coração Louco” mostra que a força para enfrentar a perda do amor próprio pode ser reencontrada no amor e admiração que alguém deposita em nós
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