Paulo Vilhena fala sobre Thaila Ayala e diz estar solteiro: "Não tem ninguém"

É equilibrando-se em uma prancha de surfe que Paulo Vilhena organiza suas ideias e reflete sobre a vida. Com o esporte o ator repõe as energias. “Surfar é um processo terapêutico. Elaboro melhor o pensamento, avalio uma atitude a tomar. O mar canaliza bem as coisas e as deixa em um fluxo positivo”, diz o intérprete de Salvador, pintor esquizofrênico de Império.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Nascido em Santos, no litoral paulista, Paulinho – como os mais chegados o chamam – fala baixo e de maneira pausada. Entre uma e outra resposta, brinca, ri de si mesmo, já relaxado depois do tempo que desfrutou na água. Hoje com 36 anos, ele surfa desde os 8. “Eu morava em Santos e era um esporte muito praticado pela molecada de lá, onde fiquei até os 17 anos. Teve um tempo em que fiquei longe do mar porque morei em São Paulo e depois em Campinas. Quando vim para o Rio, voltei para o mar”, conta o ator.

Qualquer separação é difícil. Em um relacionamento de cinco anos há toda uma vida em comum e de repente tive que lidar com outra realidade”

Vaidade
Na reta final da trama das 9, atualmente Vilhena ouve nas ruas o resultado da interpretação do personagem, que no passado foi preso após matar a namorada durante um surto. “Trabalhei para humanizá-lo, senão ele ia ficar como ‘o maluco que matou’. Eu trabalho há uns 17 anos e nunca tive um retorno assim, principalmente das crianças. Nem quando eu fazia Sandy e Júnior (1998 -2001)! Elas ficam encantadas com o Salvador, imitam os tiques dele”, conta o ator que, coincidentemente, é abordado durante a entrevista por um garoto que lhe pede uma fotografia.

Para interpretar o artista plástico, Vilhena raspou quase toda a cabeça, deixando à mostra uma grande cicatriz, fruto de um malsucedido implante de cabelo. “Os fios começaram a cair lá pelos 22 anos. Fiquei triste e fui pesquisar. Vi que existia essa técnica, que é tirar uma tira do couro cabeludo, colocar folículos de cabelo e reimplantar na parte que está caindo”, explica ele, que se frustrou com o procedimento tempos depois. “Quando começou a cair muito, vi que ficou uma cagada. Ficaram uns buracos. Aí eu não quis mais isso, fui raspando até tirar tudo”, relata.

A preocupação inicial do ator era com a caracterização de personagens. A vaidade, garante, não foi abalada. “Para fazer a composição de um personagem você cuida da caracterização da face e eu gosto de usar os recursos que tenho, como barba e cabelo. Quer dizer, esse eu tinha (risos).Mas hoje já desencanei”, brinca Vilhena.

Com 17 anos de carreira, o ator diz que começou a tomar consciência da profissão em conversas com Paulo Autran (1922-2007), quando tinha “uns 23 anos”. “Eu morava em São Paulo e o conheci em um programa de TV. Tínhamos amigos em comum e ele fazia jantares na casa dele. Ficávamos tomando vinho e ouvindo o Paulo falar sobre o ofício, a dedicação ao teatro e principalmente do conteúdo, do estofo que o ator precisa ter”, recorda.

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Solteirice
Separado da atriz Thaila Ayala há pouco mais de um ano, Vilhena diz que está curtindo a vida de solteiro de forma pacata, sem badalações. “Hoje sou mais caseiro, gosto de sair com amigos, mas nada de balada. Só um showzinho de vez em quando. Não tenho mais paciência de ficar na night”, desabafa ele, que atribui a postura à maturidade. “É a idade… Estou ficando velho, né?!”, ironiza.

O ator garante que a separação está superada e que é amigo da ex. “É uma dor, qualquer separação é difícil. Em um relacionamento de cinco anos há toda uma vida em comum e de repente tive que lidar com outra realidade. Mas o tempo minimiza. Tem o lado bom de estar sozinho, você se olha mais, presta mais atenção nas suas vontades”, conta Vilhena, confirmando estar solteiro. “Não tem ninguém”, garante.

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Além da amizade, restou do casamento a guarda compartilhada de Zacarias, um buldogue francês de 5 anos. “Não consigo não me relacionar bem com uma pessoa que fez parte da minha vida. Nós fomos muito felizes.”

Ao fim da conversa, o ator não descarta a possibilidade de se casar novamente e ter filhos. “A mulher tende a ser maternal e tem hora que isso (ter filho) se torna presente. Mas para o homem é preciso encontrar a pessoa certa e aí pensar na propagação da espécie. Tenho vontade de ter um filho, mas ao mesmo tempo não encontrei ‘a’ mulher, então como faz?”, questiona-se.

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