Ator e empresário de sucesso, Justin Timberlake volta consagrado ao Rock in Rio
Conhecido como o príncipe do pop, o cantor volta ao Brasil em 2017 para mais um show no Rock in Rio; relembre a sua trajetória no entretenimento
Era a década de 1990 e as chamadas boy bands estouravam nas rádios, na televisão e faziam a alegria das adolescentes. Neste cenário em que o pop ascendia com toda a força, os ex-astros do programa Mickey Mouse Club, da Disney, Justin Timberlake e JC Chasez, se reuniram para formar o grupo N’ Sync ao lado de Lance Bass, Joey Fatone e Chris Kirkpatrick.
O sucesso foi praticamente imediato, com o single Tearin’ Up My Heart alcançado os topos das paradas naquele ano. A banda tornou-se reconhecida por ser a segunda boy band que mais vendeu na história e o sucesso reverberou para os integrantes da banda, como Justin Timberlake, que acabou ganhando uma maior notoriedade diante dos outros colegas. O fato vez com que em 2001 o N’Sync gravasse seu último álbum e em 2002 o cantor lançasse o seu primeiro disco solo e disparasse sem freios no mundo do entretenimento.
Apesar de jovem, Justin Timberlake já possui uma trajetória com muitos prêmios e conquistas no mundo da música e cinema
Foto: Reprodução
“Justified” foi o primeiro álbum lançado por Justin Timberlake, que acabou estreando no topo da parada de álbuns da Billboard 200, ocupando segundo lugar. Aclamado pela crítica, o disco do cantor que até então tinha apenas 21 anos, recebeu quatro indicações ao Grammy Awards, ganhando o prêmio de Melhor Álbum de cantor de Pop e o de Melhor Performance de cantor de pop por Cry Me a River. Apesar de ser um dos grandes hits da carreira de Timberlake, a música traz por trás uma polêmica.
Supostamente a canção foi atribuída ao fim do relacionamento entre o cantor e outro ícone do pop, Britney Spears, que teria sido infiel. O clipe, mais tarde, vem como uma suposta vingança à ex-namorada. A cantora teria realizado uma reposta que pode ser vista na canção Everytime. Apesar da desilusão amorosa, naquele ano o cantor faturou U$45 milhões na turnê que realizou com Christina Aguilera nos Estados Unidos e no Canadá, sendo a mais lucrativa de 2003.
O sucesso gerou a participação do cantor no SuperBowl – que foi bastante polêmica na época. Ao lado de Janet Jackson, Justin acabou tirando uma parte da vestimenta da cantora sem querer deixando seu seio à mostra ao vivo. Isso gerou mudanças na legislação da televisão estadunidense e quase fez com que Timberlake não pudesse participar do Grammy naquele ano. Entretanto, com um pedido de desculpas oficial, o cantor deu a volta por cima e pôde comparecer ao evento em que receberia os seus dois primeiros prêmios no universo da música.
Na sétima arte
Apesar de ter ascendido na música, Justin Timberlake resolveu fazer uma pausa momentânea e se dedicar a uma outra arte que também já dominava um pouco devido à sua participação no Disney Channel – a da atuação. Em 2004, estrelou pela primeira vez nos cinemas no suspense “Edison – Poder e Corrupção”. Na mesma época, o ator ainda estrelou em filmes como “Alpha Dog”, “Entre o Céu e o Inferno” e “Southland Tales: O Fim do Mundo”.
As colaborações com outros artistas, por outro lado, continuavam. Na época o cantor participou da canção Where is the Love? do Black Eyed Peas e Signs, com Snopp Dogg. Entretanto, o cantor descobriu um nódulo na garganta e foi recomendado a não cantar durante um tempo. Nesse período, Timberlake lançou a sua própria gravadora, a Tennman Records. A recomendação médica, entretanto, foi deixada de lado em 2006, quando foi lançado “FutureSex/LoveSongs”, estreando na primeira posição na parada da Billboard mostrando que mesmo um tempo longe dos estúdios não fez com que o público esquecesse de seu talento musical e, mais uma vez, fazendo com que o cantor levasse diversos Grammys para casa.
Depois de colaborações com 50 cent em Ayo technology, Nelly Furtado e Timbaland com Give It To Me, foi a vez do príncipe do pop encontrar-se com a rainha do pop, Madonna, em 4 minutes. O single dos dois tornou-se um hit internacional alcançando o topo das paradas em diversos países ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Com um nome já consolidado em terras tupiniquins, só faltava um show solo do cantor no país – que viria acontecer só anos depois. Enquanto isso, a maior proximidade de Timberlake com a terra do Pau Brasil só aconteceu em 2010 quando contracenava com Andrew Garfield que interpretava um brasileiro em “A Rede Social”, filme que remonta a criação do Facebook. O longa chegou a ganhar três estatuetas do Oscar, das suas oito indicações, além de quatro das seis indicações no Globo de Ouro. No ano seguinte, o cantor estrelou em “Amizade Colorida”, contracenando com a premiada Mila Kunis, recebendo, majoritariamente, críticas positivas pelo seu trabalho como um todo nas telonas.
Em 2013, Justin Timberlake retorna ao universo da música com um projeto ousado: lançar um trabalho com duas edições. No mesmo ano, os álbuns “The 20/20 Experience” e “The 20/20 Experience 2 of 2” são lançados. A primeira edição chegou a ser o álbum mais vendido dos Estados Unidos naquele ano e rendeu ao cantor, mais uma vez, uma série de prêmios, como por exemplo o de clipe do ano e melhor edição no Video Music Awards por conta de Mirror. A música é dedicada a sua esposa, Jessica Biel, enquanto o vídeo é dedicado a seus avós maternos. A segunda edição do projeto, entretanto, não ficou tão atrás. O álbum foi nomeado para o Grammy na categoria de Melhor Álbum de Vocal Pop e atingiu o topo das paradas nos Estados Unidos e no Reino Unido. Em resumo, os dois álbuns renderam ao artista três Grammys, de sete indicações.
Justin Timberlake é a favor da maconha e assimiu que fuma para relaxar da rotina
Foto: Divulgação
Ainda, no mesmo ano, o cantor chegou a participar pela primeira vez de um show solo no Brasil, na edição do Rock in Rio 2013 na capital carioca com uma performance que fez jus ao seu apelido de “príncipe do pop” e teve direito até mesmo à homenagens ao ídolo Michael Jackson, morto em 2009.
A união do cinema e da música veio em 2016, quando o cantor lançou Can’t Stop the Feeling!, canção que é trilha sonora da animação “Trolls”, do qual foi produtor executivo e chegou a dublar a voz de um dos personagens. A canção ganhou o Grammy de Melhor Canção escrita para Midia Visual e foi indicada para o Oscar e para o Globo de Ouro. Depois de alguns anos sem um novo trabalho de estúdio, Justin Timberlake já está se preparando para lançar mais um álbum que promete manter o sucesso dos seus antecessores. Enquanto essas novas músicas não saem, será possível curtir o seu show no encerramento das festividades do Palco Mundo no Rock in Rio no dia 17 de setembro.