Ex-Trem da Alegria, Patrícia Marx relata caso de assédio: ‘Me beijaram à força’

Cantora relembra passado e faz revelações polêmicas em entrevista concedida ao “Domingo Show”, comandado por Geraldo Luís na Record

Sucesso nos anos 80, Patrícia Marx conquistou a fama muito cedo, quando ainda era uma criança. Aos 10 anos de idade, a ex-integrante do Trem da Alegria passou por situações horríveis e traumáticas, que foram reveladas por ela durante uma entrevista concedida ao “Domingo Show”, da Rede Record, que vai ao ar neste domingo (13).

Ex-Trem da Alegria, Patrícia Marx relata caso de assédio:

Ex-Trem da Alegria, Patrícia Marx relata caso de assédio: “Me beijaram à força”

Foto: Divulgação/Rede Record

Durante a conversa com a jornalista Lorena Coutinho, Patrícia Marx confessou que da década de 80 ela não guarda apenas os bons momentos de sucesso, mas também um triste caso de assédio sexual, sofrido mais de uma vez ao longo da carreira artística.

“Eu tive assédio. Assédio de produtores, assédio de adultos, assédio de diretores de gravadora, de artistas. As pessoas queriam me tocar, me beijar, algumas me beijaram à força”, diz ela. “Falaram coisas chulas para mim. Senta no meu colo, me dá um beijinho, deixa eu beijar você. Coisas que são invasões do seu corpo e sem permissão. Sinto nojo quando me lembro disso”, desabafa a cantora sobre a perversa indústria fonográfica.

Aos 42 anos, a ex-vocalista do Trem da Alegria relembra a época em que conseguiu tomar consciência de como deveria se comportar no show business e no meio artístico. “Eu fui crescendo e comecei a entender o jogo, daí você tem que jogar. Tem que entrar no jogo, porque você tem que trabalhar. Se você não entrar no jogo, você tá fora”, desabafa a cantora, que celebra 30 anos de carreira. “Eu fui treinada a responder. Eu fui treinada a agradar”, lamenta.

Patrícia Marx em entrevista ao

Patrícia Marx em entrevista ao “Domingo Show”

Foto: Divulgação/Rede Record

“Acho muito difícil trabalhar no Brasil”

Longe dos holofotes, a cantora já criticou a postura da indústria fonográfica em suas redes sociais. “Acho muito difícil trabalhar no Brasil. Em termos de shows então, é o pão que o diabo amassou! Artistas que fazem shows são os mesmos que dominam o mercado com seu lixo cultural. Os Sescs são difíceis de entrar por conta das panelinhas de produtores que escolhem os famosos ‘projetos’ pra entrar lá”, disparou.

Em uma publicação feita há três anos, Patrícia Marx comparou o mercado de trabalho brasileiro com o do exterior. “Eu tô de saco bem cheio de não fazer show nesse país! Quando morei em Londres, fiz três turnês em um ano! Tenho um filho pra criar, escola pra pagar, casa, comida, gasolina, 30 anos de carreira, um CD e um DVD comemorativos desses anos todos de serviço musical!! Cadê o espaço ‘democrático’ no mercado de shows, senhores produtores??!! Incrível isso, vocês nem imaginam!!”, escreveu.



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