Como estimular o desenvolvimento das crianças com atividades educativas

Algumas brincadeiras, que podem ser feitas em casa, ajudam no desenvolvimento dos pequenos. Veja o que é adequado em cada idade

A gestação e os primeiros dois anos somam os primeiros 1000 dias do bebê. Este é o período mais importante na vida do pequeno. De acordo com especialistas, neste tempo o crescimento e desenvolvimento são maiores do que em qualquer outro momento da vida. Por isso, é fundamental ficar atento a atividades educativas para estimular a criança.

Entre brincadeiras e convivência com familiares, as atividades educativas podem ser facilmente inseridas no dia-a-dia do bebê. Para isso, basta atenção e se afastar um pouco – mãe e filho – dos eletrônicos que surgem desde cedo na vida dos pequenos. “Desligue a TV, deixe o celular por um tempo, e dedique-se somente a seu filho”, alerta a psicopedagoga e fonoaudióloga Sheila Leal.

As atividades educativas, feitas na faixa etária correta, estimulam o desenvolvimento do bebê

As atividades educativas, feitas na faixa etária correta, estimulam o desenvolvimento do bebê

Foto: Arquivo

A partir do primeiro mês de vida já é possível estimular o desenvolvimento do bebê. Veja quais atividades são mais adequadas para cada faixa etária, e experimente praticá-las nos dois primeiros anos de vida da criança.

De 0 a 4 meses

Nos primeiros meses de vida, “os bebês estão aprendendo a descobrir o mundo através dos sentidos”, afirma Sheila, e eles tem a necessidade de levar tudo à boca. Por isso, o tamanho do brinquedo importa. Maria Ângela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP, informa que, para essa faixa etária, os brinquedos devem ter aproximadamente o tamanho de uma mão aberta. Além disso, eles não podem ter partes cortantes nem pontiagudas. Sheila salienta a importância dos mordedores também nessa fase.

Outro sentido legal de ser estimulado ainda nos primeiros meses é a audição: chocalhos, que podem ser até caseiros, feitos de garrafinhas com grãos dentro, são ótimas opções.

4 a 6 meses

Sheila explica que é nessa faixa etária que os bebês começam a explorar o mundo ao redor, movimentando os brinquedos e objetos, jogando-os no chão. Levando isso em consideração, a psicopedagoga dá uma dica: brinquedos de pano. Os bebês se encantam com a textura e cores e podem mexer neles à vontade sem se machucar. Mas deixá-los rolar uma bola, sob a observação de um adulto, também pode ser mais uma entre as atividades educativas.

6 a 10 meses

Por volta dos seis meses de idade, a criança começa a ficar sentada e pode até engatinhar nos próximos meses. A fim de estimular essas habilidades recém adquiridas, a sugestão do pediatra Marcelo Reibscheid é colocar os brinquedos longe do pequeno, assim ele é incentivado a ir atrás deles.

“Nesta fase, a criança já consegue identificar melhor formas e sons e manusear os livrinhos feitos para bebês, explorando texturas diferenciadas”, destaca a psicopedagoga. Por isso é recomendado usar livrinhos de banho, ou aqueles que emitem sons de animais. Assim, a criança já vai se familizando com outros estímulos e começa a reconhecer animais e outros sons, como buzina, telefone, etc.

10 meses a 1 ano

No período próximo ao fim do primeiro ano da criança é quando ela já começa a conseguir ficar em pé, por isso o foco das atividades é no corpo. Sheila sugere atividades que façam o pequeno balançar o corpo: desde dança a cavalinhos de balanço.

1 a 2 anos

Depois de completar o primeiro aniversário, as habilidades motoras começam a ficar mais refinadas, e o bebê já pode manipular objetos menores. Por isso, brinquedos de encaixe são bem-vindos. Sheila ainda recomenda brincar de empilhar coisas – sejam brinquedos específicos ou até copos de plástico.

As atividades educativas aplicadas nas faixas etárias anteriores, especialmente as que envolvem mexer o corpo, não devem ser deixadas para trás. Elas podem até ser dificultadas e incrementadas conforme habilidades como equilíbrio e flexibilidade da criança aumentem.



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