Com 20 anos, Jota Quest reinventa som: ‘Na crise que descobrimos novos caminhos’
A banda traz a turnê do álbum “Pancadélico” para São Paulo e conversou com o iG sobre sua carreira e seu público
Com 20 anos de carreira, o Jota Quest não se permitiu diminuir o ritmo. Reunindo sua bagagem musical, a banda vem reinventando o seu som ao longo do tempo, e o resultado disso é o álbum “Pancadélico“. “A banda tem 20 anos de carreira, mas eu continuo com 24 anos de idade, não sei explicar como isso aconteceu”, brincou Rogério Flausino em entrevista.
O Jota Quest faz show em São Paulo neste sábado (7)
Foto: Divulgação/Mauricio Nahas
O novo álbum é resultado de uma mistura improvável de “música black com soul, com funk, com disco e um groove bem dançante”, como define o vocalista. Na turnê, a surpresa fica por conta da incrível produção que aguarda o público.
Contando com 7 músicas novas, um cover de “Higher Ground” de Stevie Wonder e todos os sucessos mais antigos, o setlist promete agradar desde a galera que acompanha a banda há mais tempo quanto quem chegou agora na cena.
“Depois de 20 anos, é natural que a banda tenha ganhado novos fãs e aumentado de público”, afirmou Rogério. “A gente tem uma gama bem ampla, tem desde a molecada até a galera mais velha.”
No entanto, no clima atual de crise no país, ele conta que a venda de ingressos acabou caindo. “A gente vê nas redes sociais uma galera falando que quer ir no show mas não vai conseguir comprar. Às vezes eu respondo falando pra passar o nome que eu coloco na lista, eles piram”, confessou o vocalista.
Para Rogério, é necessário que se discuta política e que os jovens estejam sempre atentos e informados do que se passa no cenário atual. “Eu sou uma pessoa muito otimista, eu gosto de pensar que a gente está vivendo um momento ruim pra depois viver um momento bom”, disse. “É nas horas de crise que a gente descobre novos caminhos.”