Ana Paula: ‘Tenho essa coisa de vilã cômica, carismática’
A mineira falou sobre arrependimentos no jogo, recepção dos fãs e o que espera para o seu futuro
Não resta dúvidas de que Ana Paula foi a grande protagonista da 16ª edição do “Big Brother Brasil”. Polêmica, divertida e, acima de tudo, sincera, a mineira de 34 anos foi a primeira participante na história do reality a ser desclassificada por agressão.
Ana Paula no “Encontro”
Foto: Reprodução/TV Globo
Consciente de seu temperamento, a jornalista foi comparada diversas vezes com personagens de novelas como a marcante Carminha, de “Avenida Brasil” e Atena, da atual “A Regra do Jogo”. Quando perguntada sobre as comparações, agradeceu e confirmou: “Achei demais! Giovana Antonelli e Adriana Esteves são vida, né gente? Eu sempre falei que tenho essa coisa de vilã cômica, vilã carismática”.
Ana afirma ainda que já estava preparada para as controvérsias que viriam junto com a exposição. “Eu não tinha medo do julgamento do público porque já imaginava que seria parecido com o que enfrentava das pessoas aqui fora”, diz.
Participar do ‘BBB’ nunca foi um sonho pessoal. Em 2014, foi convidada por um produtor a fazer a seleção enquanto estava em uma feira gastronômica em Belo Horizonte, mas acabou não passando. “Aí fiquei bem tentada, né? Acabei me inscrevendo ano passado e entrei”, conta.
E no que entrou, entrou com tudo. Logo nas primeiras semanas, Ana se envolveu em sua primeira polêmica, acusando Laércio de pedófilo após ele fazer declarações de que gostava de – e tinha o costume de se envolver com –“novinhas”, algumas vezes de 16 ou 17 anos.
Depois disso, foi somando outros “inimigos” na casa – Daniel, Juliana, Tamiel, Adélia, Renan… – e eliminando um a um. Se não fossem com ela no paredão, seus oponentes também caíram diante de seus aliados, apoiados pelo público como se a própria Ana estivesse na berlinda.
“Pelo meu jeito expansivo e explosivo, pensava que o público me deixava na casa para ver movimento ou porque, como o jogo estava bem polarizado, eu era peça importante ali pra ajudar o meu grupo”, conta. Apesar de não estar completamente equivocada – de fato era ela quem dava o tom ao jogo -, a jornalista conquistou o público com mais do que apenas seu temperamento: sua veracidade e lealdade aos seus cativou muitos, por mais que ela não soubesse.
Embora ;afirme que não fazia ideia da torcida que tinha reunido do lado de fora da casa, ela garante que sua visão de jogo lá dentro não a falhou. “Agora que saí, percebi que consegui ler o jogo mais ou menos como era e ter um olhar mais parecido com o que o público tinha também”, disse.
Porém, por mais que sua visão não tenha estado errada, a jornalista ;reconhece que algumas de suas atitudes, sim. Impulsiva assumida, Ana assume ter como único arrependimento a ação que a fez entrar para a história do reality como a única participante eliminada por agressão de todas as 16 edições. “Não teria dado aqueles tapas no Renan, né? Realmente foi um momento sem pensar. Mas se tratando de mim, não poderia ter tido um final diferente”, confessa.
Já fora da casa, no entanto, as coisas são até que bem diferentes. Ana jura que nunca bateu em ninguém e nunca achou que fosse fazê-lo de fato. “Não é do meu feitio. Eu morro de medo de apanhar, só sei brigar gritando mesmo! E eu não agredi o Renan, não foi um tapa de raiva, de ódio, com a intenção de machucá-lo. A minha expressão estava serena, saí dali brincando”, garante.
Do lado de cá
E foi assim, brincando, que Ana deixou a casa. Sem bater o pé, sem nem se lembrar dos tapas que havia dado, Ana Paula saiu do jogo e voltou para casa na mesma hora, indo matar a saudade da família e descobrir que no “mundo real” tinha muita gente ao seu lado.
Mas a mineira mal teve tempo de respirar antes de começar uma nova maratona. Tendo mais destaque que muitos vencedores, no dia seguinte a sua eliminação a mineira já apareceu em dois programas: no “Fantástico”, com uma entrevista em casa, e no “Pânico da Band”, que clandestinamente gravou uma conversa descontraída com a jornalista na rua, ela vestindo uma camiseta amarrada, shorts curtos e chinelo, quase tropeçando na calçada e conversando, aos gritos, ;com vizinhos que não sabiam que ela morava ali.
Nos dias seguintes, “Mais Você”, “Video Show”, “Encontro”. Nos que ainda virão, uma visita ao “Altas Horas” já está programada, além de entrevistas com diversos outros veículos de comunicação.
Nas redes, seus fãs pedem que ela ganhe papéis em novelas, participe de programas de outras emissoras e, principalmente, fazem campanha para que ela assuma a bancada do “Video Show”, ocupando o posto que até pouco tempo atrás era de Monica Iozzi e que agora terá Maíra Charken. “Eu ia ficar honradíssima se fosse verdade. Ia ser um grande desafio profissional e uma grande responsabilidade substitui-la”, responde à possibilidade.
Por ora, Ana garante ainda não ter planos além de seus compromissos com a Globo e que está aproveitando “esse carinho desse publico maravilhoso”. Mas se ela não tem nada em vista, não há dúvidas de que ainda vamos ouvir falar, e muito, em Ana Paula Renault.