Atração do Rock In Rio 2017, DJ Bruno Martini prepara voo solo com nova música
O produtor recém-contratado do AfterCluv DanceLab, selo de música eletrônica da Universal, lançou novo single e está mais do que preparado para o sucesso que veio após o hit “Hear Me Now”
Bruno Martini é atração do Rock In Rio 2017 e recém-contratado Recém-contratado do AfterCluv DanceLab, selo de música eletrônica da Universal Music Group
Foto: Divulgação
“Ninguém esperava um sucesso desse tamanho”. Foi com essa frase de poucas palavras que Bruno Martini resumiu a sensação de ter produzido o hit “Hear Me Now”, que bateu mais de 140 milhões de streams no Spotify e (bem) mais de 50 milhões de visualizações no YouTube. O jovem DJ, que foi convidado para tocar no Rock In Rio 2017, está desde os 16 anos envolvido com a música eletrônica e é o primeiro artista brasileiro a assinar um contrato Global com a Universal Music Group.
Para o meio profissional da música, existe uma coisa estritamente necessária: dom. No caso de Bruno Martini, não foi só isso que fez com que o jovem crescesse enquanto músico, a familiaridade que tem com esse mundo desde muito pequeno também contribuiu para isso. Depois de emplacar o sucesso mundial “Hear Me Now”, feito em parceria com o cantor Zeeba e o DJ Alok, passos ainda mais largos foram dados em sua carreira e o status de artista global do multi-instrumentista se consolidou. Prova disso é o fato de Bruno estar com uma agenda cada vez mais forrada de compromissos e ter, entre eles, de cumprir presença no maior festival musical do mundo latino e do planeta: o Rock In Rio. No entanto, por mais que qualquer um que olhe Bruno em ação perceba que o jeito para a música é algo intrínseco de sua personalidade, não é de hoje que o DJ vem trilhando o caminho para chegar até onde está.
O início
Bruno Dalla Martha Martini conseguiu (um grande) reconhecimento na carreira com apenas 24 anos, mas não é novidade para ele conquistar as coisas cedo. Ainda criança, Bruno não saía do estúdio do pai, também músico, onde brincava e passava grande parte de seu tempo. Para o jovem produtor, o contato com música unido ao convívio com a profissão de uma pessoa tão importante da família, desde pequeno, significou muito mais que um hobbie: por ele, é considerado como um berço. “Cresci lá dentro e com 8 anos meu pai me deu um violão e eu aprendi a tocar. Eu praticamente nasci no estúdio dele”, declara.
Porém, ainda que a iniciação musical de Bruno tenha ocorrido depressa, a entrada no campo profissional levou um pouco mais de tempo, mas ainda assim não escapou da lógica rápida com a qual as coisas sempre aconteceram na vida do jovem músico. Com 16 anos, o adolescente uniu o próprio dom com o da colega Mayra Arduini e dessa relação começaram a surgir composições em inglês, idioma com o qual os dois já eram familiarizados. E o que parecia, para os dois jovens, ser apenas uma junção de gostos pela coisa acabou se mostrando, a um não tão longo prazo, o começo de um caminho que mudaria completamente a vida dos dois a partir dali: a parceira em breve se tornaria uma banda e os dois seriam contratados pela Disney Records.
Segundo Bruno, a dupla apenas explorava o potencial da união sem nenhuma presunção, mas ainda assim as coisas aconteceram muito rápido e as novidades vieram sem aviso nenhum. “Quando assinei com a Disney com 16 eu não tava esperando, ninguém tava”, conta. “Fiz uma viagem e meu pai tinha um amigo do meio da música que já tinha ganhado um Grammy. Eu entreguei um cd demo pra ele e a partir daí, com mais pessoas envolvidas, como o empresário que produziu a Britney Spears e o Justin Timberlake, ambos da Disney também, as coisas começaram a acontecer”, revela.
Relação com a música
“Música me toca muito e me dá sentido na vida”. Para Bruno, a música nunca foi meramente um lazer ou um escape de atividades obrigatórias. No olhar do disc jockey, essa relação tem um caráter simbólico para a sua própria formação enquanto pessoa e a característica de algo completamente natural, quase involuntário. Quando questionado sobre como sempre enxergou as relações musicais na vida, Bruno revelou, em entrevista, que apesar de as ter levado como atividades extras frente as outras, como o colégio e a faculdade, a arte em questão nunca deixou de ser vista com olhos de seriedade. “Apesar de sempre ter conciliado a música paralelamente com meus compromissos, como os estudos, sempre levei isso muito a sério… Como minha profissão”, diz.
Ainda que para o artista a profissão de DJ não tenha sido vista como carreira ideal de caso pensado, Bruno Martini sempre teve interesse e afinidade com o gênero eletrônico quando o assunto é música, outra influência do pai. “Meu contato com a música eletrônica foi maior porque meu pai sempre trabalhou com isso e ela, pra mim, é o estilo que mais me identifiquei. Em todos os projetos que eu fazia eu tentava colocar um pouco do eletrônico”, declara. No entanto, por maior que seja esse interesse do multi-instrumentista que tem a maioria das composições conhecidas em inglês, uma das coisas que não dá para negar sobre a sua personalidade, segundo ele, é seu status constante de portas abertas: para Bruno, enquanto músico que quer crescer e como indivíduo, é sempre bom não se fechar para coisas novas. “Eu adoro música brasileira, sou muito fã. Acho músicas muito ricas em qualidade e eu nunca me fecho… Sou muito aberto a tudo e também já escrevi muita coisa em português”, relata.
Uma nova fase
Pelo jeito, na vida de Bruno, o sucesso foi entrando aos poucos até emplacar de vez – o que parece ter sido comprovado depois de “Hear Me Now”, que abriu ainda mais portas. Além de ter sido, junto com Zeeba e Alok, um grande exemplo de representatividade para os DJs brasileiros que querem conquistar o mundo, Bruno ainda considera o sucesso do hit como uma quebra de paradigma. “Eu sempre acreditei muito na música e isso foi uma quebra de paradigma muito forte”, conta. “É uma música eletrônica em inglês, feita no Brasil, que ficou mais de 3 meses no Spotify. Isso é muito bom pra todos os DJs e pra todo mundo que trabalha no meio eletrônico”, analisa. Ainda terminando de listar os fatores que comprovam o sucesso da parceria, vale destacar que “Hear Me Now” ganhou um disco de platina da Itália e ficou em primeiro lugar em paradas da Noruega, Suécia e em toda a Europa.
Como consequência do ganho de visibilidade (e bota visibilidade aí), o público passou a ter ainda mais interesse nos trabalhos dos três músicos – inclusive nos de Bruno. “Living on The Outside”, música cantada, composta e produzida pelo jovem músico, antes mesmo de ser lançada, gerava expectativa e já está com áudio e clipe disponíveis em plataformas da web. No entanto, ainda que novos projetos signifiquem um avanço e tanto na carreira, no caso do multi-instrumentista a coisa conseguiu ir ainda mais longe.
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Além das novas produções (que nunca param) e depois de ganhar tanta projeção no telão do cenário eletrônico da música, o jovem DJ passou a ter seu nome mais conhecido e disputado no meio. Prova disso é o fato do cantor estar entre as atrações de festivais como Rock In Rio e Eletric Zoo aqui no Brasil e, evidentemente, se encontrar para lá de empolgado com a nova fase que a carreira está tomando. Em relação ao clima de reconhecimento e sucesso em que Bruno Martini se encontra, gratidão e expectativas são duas coisas que se fizeram muito presentes no discurso do músico em entrevista. “Estou muito feliz de saber que tem gente que acredita no meu trabalho de verdade. Tô muito empolgado! Não vejo a hora de lançar minhas outras músicas”, diz. Bruno também tem como parte de seus planos tocar em grandes festivais internacionais como o Tomorrowland, na Bélgica, e mais um de grande porte no México.