Clint Eastwood filmou acidente aéreo de ‘Sully’ sem preparar atores para a cena
Depois de adiamento motivado pela tragédia com avião da Chapecoense, novo filme de Clint Eastwood que trata de acidente aéreo estreia no País
Na próxima quinta-feira (15), “Sully: O Herói do Rio Hudson” estreia nos cinemas trazendo uma história baseada em fatos reais que aconteceu no dia 15 de janeiro de 2009 nos Estados Unidos. 35º filme de Clint Eastwood como diretor, o longa traz a vida de Chesley “Sully” Sullenberger, interpretado por Tom Hanks, que ao ter seu avião de 75 toneladas invadido por alguns pássaros teve que fazer um pouso de emergência sob o Rio Hudson, em Nova York. Mesmo sendo declarado herói nacional por salvar as 155 pessoas a bordo, o piloto foi alvo de investigação na agência de regulação aérea dos Estados Unidos posteriormente.
O filme de Clint Eastwood tem como protagonista Tom Hank, que conta a história do piloto herói
Foto: Reprodução
“Sully: O Herói do Rio Hudson“ marca a primeira colaboração entre Tom Hanks, que tinha um plano de descanso depois de seis anos ininterruptos de gravações, e Clint Eastwood. Para o filme, o diretor ficou três horas na casa do casal Sully e Lorrie Sullenberger em um almoço para conhecer as vidas reais de quem seriam os protagonistas do filme. No dia do acidente, Sully estava também acompanhado do copiloto Jeff Skiles que conheceu poucos dias antes do acidente. O copiloto é interpretado no filme pelo ator Aaaron Eckhart, que fez aulas de pilotagem antes e durante a produção e conseguiu uma licença de voo particular, além de conversar com o Skiles para saber um pouco mais sobre o episódio que durou cerca de 208 segundos.
Para gravar as imagens do avião, foram instaladas cinco câmeras simultâneas dentro da aeronave: uma no interior dela e outras quatro no exterior. A proposta veio do diretor de fotografia Tom Stern, que também trabalhou na trilogia de “Jogos Vorazes”. Os atores que interpretaram os passageiros e tripulantes do voo 1549 da US Airways fizeram a cena durante uma única sequência de recriação do resgate do Rio Hudson, que não foi ensaiada por Clint Eastwood. O diretor orquestrou as filmagens em um Airbus 320, mesmo modelo que o original, mergulhado em um tanque cercado por 60 metros de céu azul.
Entretanto, a história é familiar para certo membro da produção. O próprio diretor, Clint Eastwood já havia sofrido um pouso forçado na água, assim como mostra em “Sully”, aos 21 anos de idade durante seu tempo de serviço no Exército Americano.
O filme foi rodado durante 36 dias, com nove locações em Atlanta, na Georgia, e mais de 11 locações em Nova York, incluindo o Píer 81, o terminal da US Airways e o Aeroporto LaGuardia.
O caso de Sully possui 213 páginas do Relatório do Acidente Aéreo do piloto que somou 20.000 horas ao longo de quatro décadas de carreira e foi alvo de uma investigação que durou 18 meses conduzida pela NTSB – Agência Nacional de Segurança nos Transportes. O episódio deu origem à música “Send Another Prayer” (Faça uma outra oração) escrita pela cantora australiana Emma Sophina Cowan, que era uma das tripulantes do voo.