‘Warcraft’chega para expandir experiência do fã e preencher vazio na fantasia

Produção da Universal estreia uma década depois de ter sido anunciada com efeitos especiais arrebatadores

Depois de um 2015 próspero em que bateu recordes de arrecadação e enfileirou recordistas de bilheteria como “50 Tons de Cinza”, “Velozes e Furiosos 7”, “Minions” e “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros”, a Universal Pictures vai tendo um 2016 muito mais modesto. Se “O Caçador e a Rainha do Gelo”, recheado de estrelas, não fez barulho nas bilheterias, o estúdio aposta todas as suas fichas em “Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos”.

O diretor Duncan Jones orienta o ator Travis Fimmel no set

O diretor Duncan Jones orienta o ator Travis Fimmel no set

Foto: Divulgação

Verdadeiro sucesso transmidíatico, o jogo Warcraft – apresentado ao mundo originalmente em 1994 – chega ao cinema depois de muita expectativa e falsas largadas. Para se ter uma ideia, a Blizzard Enterainment, produtora e desenvolvedora do jogo, anunciou o filme em 2006. Foram muitos baldes de água até que a produção visse a luz do dia. A expectativa é que o filme faça pelo universo de Warcraft algo semelhante que a trilogia do anel, lançada entre 2001 e 2003, fez pela obra de J.R.R. Tolkien.

A inspiração em Tolkien é assumida e a presença em livros, jogos de computador, tabuleiro e cartas deixa claro que um eventual fracasso no cinema não irá comprometer o legado do universo Warcraft na cultura pop. No Brasil, o filme será lançado em mais de 1000 salas nesta quinta-­feira (2), configurando o maior lançamento da Universal no ano e um dos maiores de todos os estúdios em 2016.

A estratégia de lançamento é agressiva. Como atestam as ações de marketing no Shopping Internacional de Guarulhos, em que os fãs podem se inserir em uma cena do filme, ou a parceria com a Vivo que fornece pacote de dados para clientes que acessarem conteúdos do filme pelo celular.

Os orcs do Clã dos Lobos de Gelo em destaque

Os orcs do Clã dos Lobos de Gelo em destaque

Foto: Divulgação

A ideia de privilegiar o mercado internacional antes do lançamento nos EUA, em que o filme não emplacou junto à crítica, também se prova acertada. A produção já estreou em países como Dinamarca, Rússia e Inglaterra e chega ao restante da Europa e à América Latina nesta semana.

Na próxima semana, China e Estados Unidos recebem a produção. Antes mesmo de aterrissar nos principais mercados, o filme já arrecadou mais de US$ 40 milhões.

À frente da produção está o filho de David Bowie. Duncan Jones chamou a atenção do mundo em 2009 com uma pequena e elogiadíssima ficção­científica. “Lunar” revelava um cineasta criativo e com algo a dizer. Na sequência veio “Contra o Tempo” (2011). A ficção estrelada por Jake Gyllenhaal era daqueles filmes que surpreendiam por surpreender com tanta propriedade.

Depois da consideração de muitos nomes, a produção, que marca a primeira parceria entre Universal e Legendary, elegeu Jones para a direção. Ele já chegou mexendo no roteiro. Segundo Jones, eram necessárias mudanças para que os pontos de vista da Horda e da Aliança, as facções que entram em guerra pelo domínio de Azeroth (o mundo em que se passa o filme) fossem mais bem defendidos pela dramaturgia.

Visualmente exuberante, “Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos” tem tudo para agradar aos fãs de ficção e fantasia. Cenas de batalha grandiosas, magia, Orcs truculentos, elfos, anões, seres alados, entre tantas outras atrações que fazem a cabeça de fãs de ficção e fantasia que se viam órfãos após o fim de sagas como “O Hobbit” e “Harry Potter”.



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