Editora italiana se prepara para lançar obra de Paulo Coelho

“A Espiã” conta história de Mata Hari, dançarina morta na Primeira Guerra; Romance começa a ser vendido em novembro

O novo lançamento do escritor Paulo Coelho, o livro “A Espiã”, será publicado na Itália pela editora La Nase di Teseo. Dedicado a Marta Hari, dançarina holandesa acusada de espionagem durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) e intitulada pelo brasileiro como “uma das primeiras feministas”, o romance estará nas livrarias de todo mundo no próximo dia 10 de novembro.

Paulo Coelho vai lançar novo livro por editora italiana

Paulo Coelho vai lançar novo livro por editora italiana

Foto: Site Paulo Coelho/Reprodução

“Paulo Coelho, a cada nova obra, surpreende os seus leitores e editores”, afirmou a diretora geral de La Nase di Teseo, Elisabetta Sgarbi, italiana que também trouxe o famoso – e rentável – escritor para a editora.

Com mais de 10 mil cópias vendidas apenas na Itália e mais de 200 milhões no mundo, Coelho é o autor vivo mais traduzido do planeta, publicado em 80 línguas, e o com mais seguidores nas redes sociais, tendo 28 milhões de fãs no Facebook e 11 milhões de admiradores no Twitter.

O brasileiro imaginou a obra “A Espiã” em primeira pessoa, contando a vida de Mata Hari através da sua última carta, escrita uma semana antes da sua execução. O romance narra como, por exemplo, em frente ao pelotão, olhando para os seus assassinos e depois de ter negado a se ajoelhar, a holandesa diz que está pronta para sua sentença.

“Eu me vi com uma montanha de documentos nas mãos, mas também com algumas perguntas: ‘o que Mata Hari escrevia nessas cartas? E como ela acabou ficando no meio de tantas armadilhas, preparadas pelos seus amigos e inimigos?”, conta Coelho, que conseguiu ter à sua disposição um verdadeiro tesouro de informações.

Nos últimos 20 anos, os serviços secretos da Inglaterra, da Alemanha e da Holanda tornaram públicos vários documentos que tratam da espiã. Cortesã, dançarina exótica, acusada de espionagem e condenada à morte, Mata Hari ousou se liberar do moralismo e dos costumes do início do século XX, mas pagou com sua vida para isso.

A única culpa da holandesa foi ser “uma mulher livre” e enquanto esperava pela sua execução, seu único pedido foi papel e caneta para escrever algumas cartas.

Assim, da sua prisão em Paris, Mata Hari relembrou as escolhas que fez em seu cotidiano, com astúcia e pensamento estratégico, procurando relembrar sua vida: da infância em uma pequena cidade holandesa, aos anos infelizes como mulher de um diplomata bêbado na ilha de Java, até a sua fama conseguida na França.

“Mata Hari foi uma das primeiras feministas, desafiou as expectativas dos homens da época e escolheu ter uma vida independente a uma convencional. Da sua vida vida podemos trazer lições que valem até hoje, quando os inocentes pagam com a vida às acusações dos poderosos”, disse o escritor brasileiro.

“Paulo Coelho sempre contou a história de mulheres exuberantes, controversas, mas extraordinariamente livres. O seu novo livro, ‘A Espiã”, é a exaltação desse aspecto através de uma figura histórica, Mata Hari. E por se tratar de uma verdade histórica, o romance fica, se possível, ainda mais capaz de ter efeito em um mundo onde as mulheres devem ser mais respeitadas”, afirmou Sgarbi.

O último romance lançado por Paulo Coelho foi “Adultério” em maio do ano retrasado



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