‘Convergente’ dá novo dilema a Tris e redefine campo de batalha na franquia

Liberdade implica em escolhas difíceis no novo capítulo da franquia. Filme chega ao Brasil oito dias antes do que nos EUA

Não há tempo para matar a saudade. Tão logo “Convergente” (EUA, 2015) começa, o espectador se vê no centro da ação. Para quem não se lembra, “Insurgente”, segundo filme da franquia de sucesso baseada nos livros de Veronica Roth, terminou com Tris (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James) derrotando Jeanine (Kate Winslet) e pondo fim à ditadura da erudição em Chicago. De quebra, eles ficaram sabendo que toda a cidade e a divisão por facções faziam parte de um experimento social e que havia, sim, vida além dos muros da cidade.

Cena de

Cena de “Convergente”, que estreia nesta quinta-feira no Brasil, muita ação e novos dilemas

Foto: Divulgação

É este o ponto de partida do terceiro filme. O último livro, convém lembrar, é dividido em dois filmes. O capítulo final será lançado em 2017. Na produção que chega aos cinemas nesta quinta-feira (10) – uma semana antes da estreia nos EUA – não é apenas a ação, menos espalhafatosa e mais inserida na narrativa do que no capítulo anterior, que move a narrativa. Após se pacificar com o fato de ser divergente, Tris encontra um novo dilema. Um que a aproxima ainda mais de outra heroína egressa dos livros para o cinema, a Katniss Everdeen de “Jogos Vorazes”. Tris descobre que seu mundo nada mais era do que um reality show sofisticado para uma gente esquisita que pode ou não ser do bem. Tris está cansada de resistir e escolhe acreditar que tudo pode ser diferente. Quatro se mostra mais hesitante.

Pode-se dizer que “Convergente”, novamente dirigido por Robert Schwentke, refina o discurso de “Divergente” enquanto distopia juvenil. Se por um lado o filme oferece a sua protagonista um dilema mais adulto, há notável espaço para o amadurecimento dos conflitos envolvendo o grupo principal. Tris deve ou não perdoar seu irmão Caleb (Ansel Elgort)? Isso é possível? A ideia de seres humanos puros e danificados, uma variação ainda mais alarmante do conceito de facções, merece algum tipo de consideração? Como isso afeta a relação de Tris e Quatro?

Tris tem importantes decisões a tomar em

Tris tem importantes decisões a tomar em “Convergente”

Foto: Divulgação

Mesmo com essas boas tensões, “Convergente” repete fórmulas caras à série. Toda a estrutura do roteiro é espelhada do primeiro filme e o personagem de Miles Teller, o oportunista Peter, para o bem ou para o mal, é um exemplo disso.

De qualquer modo, “Convergente” dá novo fôlego à franquia ao redefinir a natureza da batalha de Tris e sua turma e preparar o terreno para o grande clímax da série.



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